segunda-feira, outubro 30, 2006

Rafael Pérez é tema de capa na revista "CERAMICA"


O último número da revista Cerámica (n.º 102), abre com um artigo dedicado a Rafael Pérez, que como se lembram, participou no "I Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas", em 2004. Segundo o artigo, trata-se de "una de las más firmes apuestas de la cerámica española contemporánea."

... e Jesús Castañón expõe em Madrid


A exposição encontra-se aberta ao público na "Escuela Municipal de Cerámica de la Moncloa", em Madrid, até ao próximo dia 10 de Novembro.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Sofia beça expõe em Guimarães


Inaugura amanhã às 16.00h, dia 21 de Outubro, uma exposição de Sofia Beça na Galeria de Arte do Museu Martins Sarmento, em Guimarães. A mostra conta com a colaboração de Gustavo Costa (música) e Rui Costa (fotografia) e estará patente até 19 de Novembro.

Habitáculos
“Mediante a sociedade em que vivemos e a forma complexa e desorganizada como foi “evoluindo”, na chamada globalização, existe a necessidade de criar inúmeros habitáculos para podermos viver e resistir às condições por esta sociedade criada; tendemos para deixar para trás, atitude comum no ser humano, as verdadeiras essências da natureza.

É neste contexto que Sofia Beça decide retirar da natureza a sua verdadeira essência para lhe devolver o seu espirito e a sua visão consciente e contemporânea do mundo, transmitindo-lhe um carácter primordial e de acordo com um regresso ás origens e necessidades humanas mas com um espirito de modernidade. Para tal concebe as suas obras á margem das grandes correntes contemporâneas , o que faz com que adquiram um carácter único e pessoal, não deixando de modo algum de parte a evolução da arte da cerâmica, estando esta evidente em todo o seu trabalho.

Manuseia e molda o barro não só para expressar mas também para criar, construindo e desconstruindo, esta necessidade de um habitáculo para todos os seres vivos. Deixando um registo de imaginário e renovação de gosto visando de igual forma a consciencialização de uma sociedade gasta e confusa onde a necessidade de novas formas e novos ideais é determinante.

Sofia Beça cria uma série de possíveis habitáculos, como uma verdadeira metáfora para uma nova utopia de uma sociedade que já excedeu todos os seus limites, não deixando de lado o suporte de um registo sonoro imaginário de todos esses habitáculos, convidando o músico Gustavo Costa para criar esse ambiente. A sua música, inspirada nos sons do aglomerado de habitáculos contemporâneos, pretende assimilá-los e devolve-los de forma inesperada e com um cariz pessoal.

A exposição será complementada por imagens de Rui Costa, que através da sua visão microscópica dos habitáculos, humanos ou não, nos dará a conhecer a sua visão macroscópica do mundo: o equilíbrio e a fragilidade da condição humana perante a grandeza e imponência do estado natural de tudo que nos rodeia.
A clausura e a experiência da vida em sociedade, o isolamento e a entreajuda, a edificação de um novo modelo social e as consequentes utopias, são alguns dos paradigmas confrontados pela artista.”

Patrícia Caveiro
Nota: A exposição está a ser divulgada no espaço Casa de Sarmento, da Universidade do Minho e no "blogue" Pedra Formosa, da Sociedade Martins Sarmento de Guimarães. É também possível visualizar a exposição.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Thomas Weber expõe no Museu de Heilbronn


A exposição chama-se "Skulptur im Dialog" e conta, entre outras, com obras de escultores tão notáveis como Daumier; Giacometti; Matisse; Miró; Henry Moore; Picasso e Rodin.
A mostra, patente no Städtische Museen Heilbronn, foi inaugurada no passado dia 24 de Setembro e irá estar aberta ao público até 12 de Novembro.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Ideias para um ceramista ecologicamente correcto

«Todos sabemos que numa oficina de cerâmica são utilizados produtos tóxicos e potencialmente poluentes do ambiente quando tornados resíduos e despejados. Irão poluir o ambiente se não tomarmos algumas medidas.

1º) Instale por debaixo do lavatório/tanque do atelier uma
caixa de decantação. Pode ser uma simples caixa d'água de 50 litros, onde a água da lavagem deverá ser decantada antes de escorrer pelo cano do esgoto.




2º) Caso o seu tanque de lavagem não permita esse tipo de improvisação, pode usar um processo ainda mais rudimentar. Pegue num cano do tamanho exacto da saída do ralo do lavatório/ tanque de lavagem com um comprimento cerca de 10 cm e coloque-o no ralo, de forma que uns 7cm fiquem de fora. Assim a água não conseguirá escoar totalmente e criará o efeito do decantador.

3º) Acha isso tudo muito complicado? Isso não é desculpa! Mas se não se ajeitou com nenhuma das soluções anteriores, aqui está a mais simples de todas. Mantenha um balde de uns vinte litros com água sobre uma bancada ou próximo do lavatório/tanque. A partir de então, só lave os pincéis ou raspe o esmalte de peças nesse balde. Qualquer resíduo de esmalte deve ser deitado no balde.

4º) E quanto ao que fazer com os resíduos que foram salvos de contaminar os oceanos?

I - Se estiver a usar os processos descritos nas soluções 1º e 2º, provavelmente os metais pesados estarão misturados com argila. Assim, quando for limpar a caixa ou a pia, deverá colocar esse lodo junto da barbotina para reciclar. Assim, os metais pesados serão incorporados à massa das nossas peças futuras.

II - Se estiver a usar a 3ª ideia então pode recolher esse material e juntar ao balde de misturas ou "lixo" de esmalte.
Em ambas as formas os metais pesados não irão contaminar os esgotos e os oceanos.»

Texto da autoria do Professor Tito Tortori, ceramista com atelier no Rio de Janeiro-RJ. Para mais informação contactar: titotortori@yahoo.com.br

[Artigo transcrito com a devida vénia e autorização, do "blog" "Terras de Argila" de Teresa de Freitas, a quem, do fundo do coração, agradecemos...]

terça-feira, outubro 03, 2006

Tempo de Teatro



Até ao próximo dia 8 ainda é possível ver a magnífica peça "Os Negros", de Jean Genet, encenada por Rogério de Carvalho, no Teatro Nacional de S. João, no Porto.

«Primeira incursão do TNSJ na curta, mas fulgurante, obra teatral de Jean Genet, a partir daquela que é muito provavelmente a peça que melhor materializa a ambição do autor de subtrair o teatro à realidade, projectando-o num espaço mágico e ritualizado onde o "real" e o "natural" são forçados a denunciar a sua impostura. Recusando qualquer tipo de aprisionamento sociopolítico da peça (não, não é uma "reflexão" sobre o racismo ou o colonialismo), o encenador Rogério de Carvalho parte para a edificação desta prodigiosa "arquitectura do vazio das palavras" à frente de um elenco constituído por actores negros com raízes na África lusófona, empenhados em emprestar à retórica de Genet o sabor dos múltiplos sotaques da língua portuguesa.» (in programa do TNSJ, Setembro - Dezembro 2006, Porto)

Um agradecimento especial ao RS, do blogue "
A Sombra", pela imagem que ilustra este texto e pela chamada de atenção ao facto que "assombrou" esta peça... A ler aqui.