Dizia Alberto Correia no artigo que dá o nome a este apontamento: "Joaquim Ribeiro de Alvelos é o último oleiro de Fazamões. (...) Aprendeu a arte com o pai. Foi magro ganha-pão de uma vida inteira. (...) Não tem mesmo aprendizes. A gente lê nos olhos dele a pena que lá existe porque ele pressente que a arte vai morrer, um dia, em Fazamões." (in Beira Alta, vol. XXXIX, 1980 p. 243)
A profecia cumpriu-se. Já não há oleiros em Fazamões. O chiar da roda, que o Sr. Joaquim Alvelos dizia ter quinhentos anos, calou-se de vez... Não o conseguimos levar a Boassas, fazer uma demonstração de cozedura na "soenga". Não mais poderemos fazer excursões à sua impressionante oficina, onde repousavam as peças à espera de cozer e ainda todos os utensílios, que ele próprio fabricava. Não mais aprenderemos as histórias e truques, de verdadeiro mestre que, sempre com um sorriso nos contava. Esperemos que o seu espólio não se perca e que, pelo menos a sua roda seja guardada, como memória de uma arte milenar que, quiz o destino, fosse o Sr. Joaquim Alvelos o último representante. Até sempre Sr. Joaquim... e muito obrigado.
A profecia cumpriu-se. Já não há oleiros em Fazamões. O chiar da roda, que o Sr. Joaquim Alvelos dizia ter quinhentos anos, calou-se de vez... Não o conseguimos levar a Boassas, fazer uma demonstração de cozedura na "soenga". Não mais poderemos fazer excursões à sua impressionante oficina, onde repousavam as peças à espera de cozer e ainda todos os utensílios, que ele próprio fabricava. Não mais aprenderemos as histórias e truques, de verdadeiro mestre que, sempre com um sorriso nos contava. Esperemos que o seu espólio não se perca e que, pelo menos a sua roda seja guardada, como memória de uma arte milenar que, quiz o destino, fosse o Sr. Joaquim Alvelos o último representante. Até sempre Sr. Joaquim... e muito obrigado.